sábado, 18 de dezembro de 2010

O bom (e inexistente) velhinho

Há um tempo considerável eu não escrevo aqui no meu lixo-blog. Mas como ele já completou 1 ano de existência, resolvi postar algo. Algo relacionado à data que estamos vivenciando e que eu, sinceramente, detesto: o Natal, mais uma vez.

O que lembra o Natal? Bom, uma das primeiras coisas que me vêm à cabeça é o bom velhinho. Sim, o Papai Noel! Figurássa! Ele faz a alegria de tantas crianças e crianços, e ao mesmo tempo a tristeza de outro montão delas (pelo fato de serem pobres coisa e tal). Enfim, ele é um ser amado pelas crianças, as riquinhas e até as pobrinhas - essas últimas podem sentir um pouco de raiva dele por ele poder não aparecer para elas, mesmo que elas sejam boas durante o ano todo - mas existe um detalhe importante que, um dia na vida, todas elas acabarão descobrindo.
Algumas descobrem de uma maneira madura, por já serem grandes e terem a capacidade de compreender. Outras descobrem de um jeito mais.. han, digamos assim, frustrado. Como é o meu caso.
Eu tinha marromenos uns 6 anos. Estava no shopping passeando com a minha família (minha mãe e minha tia). Na hora de voltar pra casa - tínhamos que pegar a estrada e demorava uns 30 minutos pra chegar - eu sentia muito sono e quando eu sintia muito sono, deitava no banco de trás do carro e tentava dormir até conseguir, ou seja, eu fingia dormir até dormir de verdade. Então, eu fiz exatamente isso. Quando estávamos voltando, deitei e fingi dormir. No entanto, minha mãe e minha tia começaram a conversar e eu, naturalmente, a escutar. Elas estavam jogando conversa fora, falando nada que eu interessava. Até um certo momento, o qual elas falavam sobre o Papai Noel, o que me interessava demais porque ele era sinônimo de presente e felicidade suprema. Até aquele instante em que elas se perguntaram quando eu ia deixar de acreditar nele porque eu já estava crescida demais pra pensar que ele existia de verdade. Sim, foi trágico, triste e frustrante a maneira que eu descobri que o bom velhinho não existia.
A partir de então, o meu Natal nunca mais foi o mesmo. A magia tinha ido pra longe.
E eu também odeio quando as pessoas perguntam como eu passei o Natal. Eu nunca passo o Natal. Espero ele passar. E não sou uma pessoa infeliz por causa disso, acreditem.

Mas enfim, por hoje é isso. Pra infelicidade de quem lê o blog, postarei algumas histórias da faculdade daqui pra frente, afinal minha vida mudou completamente depois fui pra lá.


Bom Natal e se cuidem!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quando alguém se vai...

Só temos três certezas nessa vida: alguma coisa, os impostos e a morte. Nunca conseguiremos escapar de nenhuma delas. Mas dentre elas, a morte é que nos deixa mais atormentados, irritados, e ao mesmo tempo curiosos, intrigados. Quando somos obrigados a enterrar alguém que amamos, ela é capaz de despertar os nossos piores sentimentos. Tristeza, raiva, indignação, revolta. Cada tristeza, cada emoção por vez. E cada mudança no estado de espírito é como um tiro que acerta bem em cheio o nosso coração; uma cutucada numa ferida ainda aberta que nunca se cicatrizará. Perdemos o chão, pois nada conseguirá nos apoiar. Nem mesmo Deus. Aliás, é nesse momento que compramos uma briga feia com Ele. Cobramos respostas, explicações, uma simples razão, mas parece que Ele não nos ouve (ou nós deixamos de ouvi-Lo, vai saber...) e simplesmente nos ignora, nos deixa procurar uma explicação – com o fim de consolo que nunca aparece - completamente sozinhos. O que fazer? O que pensar? Como simplesmente aceitar e seguir em frente? Por que o Senhor levou essa pessoa que amamos tanto e era tão feliz? Ela era tão legal a ponto do Senhor a querer perto de Ti? E os afazeres incompletos que ela deixou aqui? E as pessoas que ela ainda tinha que cuidar, que amar?, como é que ficam? Disso nós sabemos. Quando alguém se vai, quem fica sofre mais. Sofre muito. Depois de algum muito tempo pode até aceitar a morte do seu querido, mas se conformar jamais. Esquecer jamais. Deixar de amar jamais. É triste saber que você vai envelhecer, vai continuar vivendo e quem você amou demais um dia parou no tempo, terá para sempre a mesma idade. Você é obrigado a deixá-la e precisa continuar sem ela. É obrigado a viver com uma parte do coração faltando. E esta nunca poderá ser meramente substituída, pois era uma parte destinada especialmente para essa pessoa que já não está mais entre nós e mais ninguém no mundo inteiro vai conseguir repor. Precisamos aprender a viver com um vazio e, eu te juro, não é nada fácil. Nada compreensível. Nada racional.
Afinal, como é possível respirar sem a pessoa que mantinha o ar em seus pulmões?

domingo, 16 de maio de 2010

À procura da felicidade

Sabe aquele filme com o Will Smith que chama À Procura da Felicidade? Então, aqui vai uma breve sinopse dele:

"Um filme de dificuldades e empecilhos que se superam com persistência e determinação, mostrados com muita sabedoria misturada com o amor de um pai com um filho. É assim que traduzo esse drama que ensina lições importantíssimas que podem e devem ser levadas para o resto da vida, mas apenas se o seu sonho é para benefício próprio.
Chris Gardner é um cidadão, como muitos outros, que está passando por sérios problemas financeiros e familiares. Sua mulher o abandona e ele se vê sozinho com o filho pequeno para sustentar. Aí bate o desespero e Chris então começa a lutar.
A personagem, que existiu na vida real, está determinada a melhorar a sua vida e a vida do seu filho, por isso acreditou em si mesma e se esforçou para conseguir aquilo que desejava. Para tal façanha, a personagem nos ensinou que não podemos deixar que as outras pessoas digam o que podemos ou não fazer, isso quem faz é nós mesmos, basta acreditarmos no que somos capazes e seguir em frente."

Muita gente se identificou com esse filme porque o sonho da personagem principal é ter um carro, uma casa, ser milionário e educar o seu filho. Estes sonhos são extremamente egoístas, mas politicamente corretos e assim aceitos pela maioria da população. Porém eu me pergunto: a felicidade consiste mesmo em alcançar todas essas coisas materiais?
Alguns insistem em dizer que ela está nas coisas simples da vida. Nas coisas simples ou nas coisas materias, tem sempre que ter alguma COISA. Será mesmo que ela vive nas COISAS? Será que existe algo que não seja coisa para a felicidade existir? Eu tenho sérias desconfianças que sim. Mas como distinguir uma coisa de uma não-coisa? Os sentimentos seriam uma não-coisa? Pelo que eu saiba o amor é alguma coisa. Ninguém sabe exatamente o quê, mas que é alguma coisa eu tenho certeza que é. Sendo assim, a felicidade também seria alguma coisa. Alguma coisa que existe em outra coisa ou em uma não-coisa que todas as pessoas sãs buscam para continuar vivendo. Então, eu procuro uma coisa que eu não sei exatamente onde está a fonte. Se eu achasse a fonte da felicidade, não teria nunca problemas de abastecimento, já que ela é renovável. Como é impossível achar a sua fonte (já que é impossível ser todo o tempo feliz) precisamos encontrar um pouco dela em todos os lugares, em todas as coisas e em todas as não-coisas (seja lá o que for uma não-coisa) para continuarmos vivos, afinal de que adianta viver sem ser feliz?







PS: descontei neste texto todas as vezes que eu fui proibida de escrever a palavra "coisa" no ano passado pelo professor de redação Élder.
PPS: quem conseguir entender esta última postagem deixe um comentário e desde já: você é foda.

domingo, 9 de maio de 2010

O MILAGRE DO ANO!

"UFMG adotará Enem em substituição à primeira etapa do Vestibular."

Ou seja, dá pra prestar Fuvest e UFMG!

Só isso.

sábado, 17 de abril de 2010

A MAIOR FILHADAPUTISSE DO ANO

Fazer um ano de cursinho, como todo mundo já sabe, é um atraso de vida, um verdadeiro pé no saco. Prestar vestibular no meio do ano, no final do ano... tudo beleza. Mas e quando vc tem a maior vontade do mundo de entrar na Usp, mas ao mesmo tempo também quer ter chances de entrar na UFMG? Duas putas universidades! Legal, né? Porém eles conseguiram acabarar com esse sonho já. Olha isso:

28/11/10 – Exame da 1ª fase da FUVEST. (http://www.fuvest.br/vest2011/calend/calend.stm)


Datas – Calendário acadêmico da UFMG 2011

Segundo o Calendário acadêmico da UFMG, a primeira etapa do concurso vestibular ocorrerá no dia 28 de novembro de 2010 (um domingo); e a segunda etapa de 3 a 7 de janeiro de 2011 (uma segunda feira). (http://resumododia.com/vestibular-ufmg-2011-inscricoes-gararito-e-resultado.html)

Ano passado eles foram bastantes cuzões também, pois a segunda fase de ambas eram no mesmo dia, mas a primeira não, ou seja, se vc não conseguisse passar pra 2ª fase Fuvest e conseguisse pra 2ª fase da UFMG (e vice-versa), ainda teria chances de entrar em alguma. E agora como faz se a primeira fase de ambas são exatamente no mesmo dia??? VÃO PRA PUTA QUE OS PARIU !



Epic fail.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Longe de casa há mais de uma semana..."

Pois, é. Já tô morando longe da minha mãe faz um mês e também longe de muitos amigos que eu estava acostumada a ver todos os dias. Por enquanto eu não consigo enxergar muita coisa boa nisso tudo, porque a distância que me separa de pessoas que eu amo causa uma saudade e ao mesmo tempo uma solidão que eu nunca tinha sentido antes, e, eu juro pra vocês, não é nada bom. Apesar disso, eu sei que estou me tornando uma pessoa pelo menos um pouco mais independente e responsável.
Eu penso que poderia ser muito pior, mas eu tive uma sorte danada! Um amigo especialíssimo e sua mãe se tornaram meus anjos e por conta deles tudo ficou mais fácil pra mim.
Eu tenho um planejamento pros meus dias, tipo uma rotina que eu tenho que seguir. Normalmente é chegar do cursinho, descansar um pouco e estudar até começar o JN. Depois eu leio um pouco e durmo. Porém, um dia nunca é igual ao outro. Tô sempre fazendo algo diferente e por isso eu não caio na rotina propriamente dita.
Já fui em um jogo do XV, já jantei uma banana split sozinha (isso foi radical! ahaha), fui no shopping de ônibus urbano (a maior aventura), bloquiei meu cartão de crédito e fiquei sem dinheiro quase uma semana, fui no stand up do Marco Luque novamente, dei em cima do meu vizinho, mas fracassei, outro dia tomei meu primeiro porre (tive até que matar aula!!!) lá na b.o., fui no shopping com uma amiga que depois foi conhecer o apê, fui na casa de outro amigo quanto teve aula à tarde... Enfim, sempre tem algo novo.
Coisas boas e coisas ruins existem e acontecem em todo lugar com todas as pessoas. Comigo não será e não está sendo diferente.
As coisas boas e legais temos que deixar marcadas, certo?

Então dessa vez vou colocar uma foto que eu estou feliz :) Bem contente, se é que vocês me entendem... ahahha



Xoxo

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

25 de Fevereiro

Há mais de um mês eu não posto nada aqui. Não por falta de assunto, muito menos por minha vida ser chata e tediosa (até porque ela não é), mas por falta de inspiração e/ou internet decente, já que nessas últimas semanas ela está uma bosta. E como hoje é o dia mais legal do mundo, resolvi escrever algumas palavras, afinal, não é todo dia que se completa 18 anos.
Essa idade representa bastantes coisas, como poder dirigir, comprar bebidas alcoólicas, ser preso... e, talvez a mais interessante delas, é a tão sonhada e idealizada "liberdade". Muitos amigos me falaram dela com muito entusiasmo, com os olhos brilhando de felicidade e com o coração cheio de ansiedade, mas confesso que não compreendi o que os deixou tão maravilhados, pois a liberdade conquistada ao completar 18 anos requer um tanto de responsabilidade que muitos deles nunca possuíram e, de um dia pro outro, não possuirão.
Tá certo que a "liberdade" dos 18 não precisa apenas de responsabilidade. Deve ter algo menos careta e mais divertido nela pro pessoal gostar e comemorar tanto quando completam essa idade. Como eu cheguei nela agora, eu ainda preciso descobrir essa parte divertida e eu tenho tempo pra isso. Por enquanto eu sei mais ou menos na teoria, quando eu souber na prática o quão legal é ter 18 anos, podem ter certeza que postarei algo a respeito disso.
A partir dessa semana vou morar em Piracicaba. Sei que não é longe, mas será uma mudança e tanto na minha vida. Talvez eu conheça um pouco dessa tal liberdade...

É uma pena que o dia mais legal do ano tenha apenas 1 hora de duração. Vou aproveitar! ;)